Bento XVI propõe algumas reflexões sobre o tema da justiça, partindo da afirmação paulina: « a justiça de Deus manifestou-se por meio da fé em Cristo»
Bento XVI propõe algumas reflexões sobre o tema da justiça, partindo da afirmação paulina: « a justiça de Deus manifestou-se por meio da fé em Cristo»O Papa convidou os cristãos a contribuir para a formação de sociedades justas. Na mensagem para esta Quaresma, o Pontífice alerta que o homem, além do pão e mais que o pão, precisa de Deus. O Pontífice reconhece que os bens materiais certamente são úteis e necessários, e lembra que Jesus se preocupou em matar a fome às multidões e curar os doentes.
O Santo Padre condenou a indiferença da sociedade face às centenas de milhões de seres humanos que morrem ainda por falta de alimentos, de água e de medicamentos. Realça o bispo de Roma que a justiça distributiva não consegue dar ao ser humano o que é seu e que lhe é devido.
Na reflexão para os 40 dias antes da Páscoa, Bento XVI explica que a injustiça, fruto do mal, não tem raízes exclusivamente externas; tem sua origem no coração humano, onde está o germe de uma misteriosa convivência com o mal. Para sair dessa situação, é necessária uma libertação do coração e a justiça de Cristo.
Deus – diz ainda – está atento ao grito do pobre e, como resposta, pede para ser escutado: pede justiça para o pobre, o forasteiro, o escravo. É necessário, portanto, sair da ilusão da auto-suficiência, daquele profundo estar fechado sobre si mesmo, que está na origem da própria injustiça. a Penitência e a Eucaristia são apresentadas como experiência que o cristão é levado a contribuir para formar sociedades justas, onde todos recebam o necessário para viver segundo a própria dignidade de homens e onde a justiça seja vivificado pelo amor.