O projecto ameaça dezenas de milhares de indígenas a viver na região. as florestas também serão afectadas.organizações pedem a interrupção do projecto
O projecto ameaça dezenas de milhares de indígenas a viver na região. as florestas também serão afectadas.organizações pedem a interrupção do projectoDecorrem manifestações em quatro cidades do Quénia contra a construção de uma barragem no vale de Omo, na Etiópia. Várias comunidades indígenas desse país e do Quénia dependem do lago Turkana para sobreviver. O projecto diminuirá de forma significativa o volume de água no lago, ameaçando a produção agrícola, pesca e criação de gado a que recorrem essas populações, adianta a Survival, organização de defesa dos direitos indígenas. a zona de valor universal excepcional foi incluída na lista de património mundial da humanidade, da UNESCO.
Um terço da barragem já foi construído. Governo italiano e bancos internacionais pretendem financiar o projecto. Peritos denunciam os perigos ecológicos ligadosà infra-estrutura. as florestas localizadas na região serão seriamente afectadas.organizações não governamentais apelam o banco africano do desenvolvimento a não patrocinar a barragem. a Survival, por sua vez, exorta o governo etíope a não avançar com o projecto, sem a realização de um estudo dos riscos sócio-ambientais e consulta dos povos indígenas.
Na Etiópia, torna-se difícil organizar um movimento contra construção da barragem, pois a legislação proíbe as organizações locais de se manifestarem em defesa dos direitos humanos, justiça, e outras questões. Grande parte da população não tem conhecimento do projecto, nem dos seus impactos.