Política e religião não andam de mãos dadas. Os sacerdotes que interferem em defesa dos direitos humanos são muito criticados. Mas, a vida em sociedade exige uma participação Política
Política e religião não andam de mãos dadas. Os sacerdotes que interferem em defesa dos direitos humanos são muito criticados. Mas, a vida em sociedade exige uma participação PolíticaOs olhares de desdém não vêm de dentro da Igreja. Os problemas surgem quando é necessário intervir, sobretudo na política, em questões de justiça ou injustiça. Quando queremos tomar a dianteira e dar a cara, as entidades e o poder público fazem questão de nos lembrar que a nossa presença ali é bem-vinda, porém apenas para fazer aquilo que nos compete, adianta Domingos Forte. Cuidar da religião, da Igreja e da fé. Mesmo sendo padre de alguma forma estou sempre envolvido na política. a minha vida desenvolve-se fora da Igreja, no contacto com as pessoas, explica o missionário. No Brasil e, mais propriamente na Baía, a questão religião – política é muito forte. a única instituição que sempre cuidou das pessoas, dos seus direitos é a Igreja.
Um programa de rádio, que dava voz aos missionários de segunda a sábado, fez sucesso entre católicos e não católicos de Jaguararí. Era um momento muito especial para toda a população. Meia hora de reflexão para partilhar com os ouvintes. O programa recebia muitos comentários e mensagens dos ouvintes. Contudo, os directores da rádio começaram a criticar muito a Igreja de forma difamatória. Era uma manifestação claramente hostil. Sentiram que a Igreja era uma sombra, recorda. O conselho paroquial optou por suspender o programa. as críticas aos sacerdotes mantiveram-se de forma repetida. Todas as semanas, ouvíamos que a Igreja não devia meter-se na política. ainda se ouvem comentários negativos, mas de forma diminuta. Não quisemos responder à provocação, esclarece Domingos Forte.
a vida está em primeiro lugar. Deus ensinou: que a vida é o mais precioso que nós temos e é isso que nós devemos cultivar e proteger. É necessário agir contra as injustiças: Não podemos ficar calados e de braços cruzados. Levar a mensagem da Boa Nova, mas, sobretudo mostrar que acreditamos em Deus e na história da humanidade é a razão de ser dos missionários. Uma história de promoção da vida, que levante o ânimo e confiança das pessoas, salienta.
Ouça algumas declarações do missionário