Os investidores não conseguem fazer previsões a longo prazo. as escolas não se conseguem ajustar ao mercado de trabalho. Quem sofre as consequências são os jovens licenciados desempregados
Os investidores não conseguem fazer previsões a longo prazo. as escolas não se conseguem ajustar ao mercado de trabalho. Quem sofre as consequências são os jovens licenciados desempregadosEm tempo de crise global, o desemprego é uma realidade na maioria dos países desenvolvidos. a saturação do mercado de trabalho e um ensino desajustado contribuem em muito para que jovens licenciados permaneçam inactivos. Na Roménia, a universidade transformou-se numa fábrica de desempregados, informa o jornal Courrier Internacional. Sectores como a metalurgia, siderurgia e petroquímica deixaram de empregar pessoas, mas as faculdades continuam a formar centenas de alunos. Só em 2009, entraram 350estudantespara a faculdade de metalurgia em Bucareste, capital.
O mesmo sucede com os cursos de direito. Só para as escolas públicas entraram nove mil estudantes, no último ano. Os técnicos do ambiente enfrentam as mesmas dificuldades, apesar dos inúmeros problemas ambientais do país. Milhares de engenheiros continuam a formar-se todos os anos para o desemprego. Faltam previsões acerca da evolução dos mercados no país. Tarefa que o antigo ministro da educação tentou realizar, mas sem sucesso. O estudo que deveria orientar as universidades não resultou, pois os próprios investidores não eram capazes de efectuar previsões por mais de três anos.
a emigração passou a ser a única saída para muitos cidadãos romenos. Cerca de três milhões de pessoas saíram do país em busca de emprego ou mesmo para estudar. No estrangeiro, a maioria acaba por trabalhar em supermercados, como empregadas de limpeza ou taxistas. O país tem 21 milhões de habitantes; 15 por cento da população adulta deseja emigrar, mesmo que não veja as suas habilitações reconhecidas.