Um missionário da Consolata fala da sua experiência, na Baía, no nordeste do Brasil. Mostra-se confiante e não se deixa abater por modos «mais frios» de algumas pessoas
Um missionário da Consolata fala da sua experiência, na Baía, no nordeste do Brasil. Mostra-se confiante e não se deixa abater por modos «mais frios» de algumas pessoas a missão é exigente, por vezes desgastante, mas ao mesmo tempo, gratificante por podermos encontrar tantas pessoas, sobretudo aquelas que têm sede de crescer e amadurecer a sua fé, assegura Domingues Forte. O dia começa pelas 5:30 da manhã e só acaba por volta das 22 ou 23 horas. Os missionários procuram visitar todas as famílias das comunidades. No total, são cerca de 90, para apenas dois padres.como dar continuidade ao trabalho quando na maioria das comunidades só se passa duas ou três vezes por ano. O missionário constata com tristeza: O tempo acaba por eliminar o trabalho realizado. a distância entre a paróquia e as diferentes localidades é o primeiro grande desafio dos cinco missionários a trabalhar na região.
Chegar às pessoas é outra dificuldade: É cada vez mais difícil despertar a confiança das pessoas. Quando as diferenças culturais são muitas, a aproximação torna-se mais complicada. alguns olham-nos com admiração, carinho e gratidão; outros sentem-se incomodados, preocupados, e não deixam de mostrar a sua aversão, conta o jovem sacerdote. Este não é motivo de desânimo. Pelo contrário, a esperança é ainda maior: Eu acredito na convivência pacífica e harmonia entre pessoas de diferentes culturas e religiões. Persistente, Domingues Forte afirma: Mais do que nunca devemos preparar-nos para o encontro e não para o confronto.
Pedras num caminho percorrido com paciência, mas não menos importante. Os missionários encontraram na região um vasto campo, onde se pode dar espaço à riqueza das pessoas. Fazer com que o povo da Baía se levante e vá ao encontro dos sonhos que têm, é uma das prioridades. Nós damos-lhes a garantia de que não os abandonamos e estamos ali ao pé deles, declara o missionário. Verartigonarevista impressa – edição de Fevereiro