Taxas mais elevadas de pobreza, problemas de saúde, crime e violação dos direitos humanos. Números pouco meigos para os 370 milhões de nativos em todo o mundo
Taxas mais elevadas de pobreza, problemas de saúde, crime e violação dos direitos humanos. Números pouco meigos para os 370 milhões de nativos em todo o mundoOs 370 milhões de indígenas sofrem de forma desproporcional – e muitas vezes de forma exponencial – com taxas mais elevadas de pobreza, problemas de saúde, crime e violação dos seus direitos humanos, revela o primeiro estudo das Nações Unidas sobre a questão, apresentado esta quinta-feira e que sublinha que a autodeterminação e os direitos à terra são vitais para a sua sobrevivência.
Os números contidos no relatório O Estado dos Povos Indígenas no Mundo incluem alguns dados surpreendentes. assim, é possível saber que nos Estados Unidos, um nativo americano tem 600 vezes mais possibilidades de contrair tuberculose. Os indígenas são 62 por cento mais propensos a cometerem suicídio do que na população geral.
Já na austrália, uma criança indígena tem uma esperança média de vida 20 anos inferior aos seus compatriotas não-nativos. a diferença da esperança de vida também é de 20 anos a menos no Nepal, enquanto que na Guatemala é de 13 anos e na Nova Zelândia 11.
Nas doenças, as coisas não melhoram. Em algumas regiões do Equador, os povos indígenas têm um risco 30 vezes maior de cancro da garganta do que a média nacional e, em todo o mundo, mais de 50 por cento dos adultos indígenas sofrem de diabetes tipo 2 – um número que se estima venha a subir.