«Todas as pessoas merecem ser tratadas com todo o respeito, mas também a família e o casamento merece». E para «casos diferentes», a Igreja defende «soluções diferentes»
«Todas as pessoas merecem ser tratadas com todo o respeito, mas também a família e o casamento merece». E para «casos diferentes», a Igreja defende «soluções diferentes»Na reacção à aprovação do projecto de lei do governo de união entre pessoas do mesmo sexo, o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) defende que devemos ser contra a homofamília. Manuel Morujão considera que a família não é uma instituição que se mude de uma maneira para outra.
O porta-voz dos bispos portugueses fala mesmo de uma ferida democrática, em relação à aprovação do projecto de lei de união entre pessoas do mesmo sexo no Parlamento. Houve precipitação, pondo de lado o pedido de um milhar de cidadãos. É fácil ver que belisca a qualidade da democracia, adianta o responsável.
Manuel Morujão louva a movimentação rápida de cidadãos que conseguiu quase uma centena de milhar de assinaturas para pedir um referendo sobre o assunto. E critica o facto desta iniciativa de cidadãos tem sido posta de lado: Se não for pela família, haverá alguma vez razão para promover um referendo?, questiona.
Devia haver mais ponderação, reflexão, tempo para ver quais as consequências, disse no final da reunião do Conselho permanente da Conferência Episcopal Portuguesa em que a união de pessoas do mesmo sexo foi abordada. a Igreja – garante Morujão – está radicalmente contra a adopção, reconhecendo apenas que as crianças têm direito a ter um pais e uma mãe para serem felizes.
Com a aprovação da nova lei, a Igreja que vive na sociedade e não é nenhum movimento revolucionário, sabe adaptar-se às circunstâncias. E por isso apela às famílias que dêem testemunho para a sociedade, nos valores e nas relações. aprovada no Parlamento, a lei do casamento homossexual encontra-se nas mãos do presidente da República que a pode aprovar ou vetar.