a Igreja Católica considera que as palavras de Bento XVI foram «oportunas». Pontífice classificou a legislação aprovada recentemente em alguns países como um «ataque à obra de Deus»
a Igreja Católica considera que as palavras de Bento XVI foram «oportunas». Pontífice classificou a legislação aprovada recentemente em alguns países como um «ataque à obra de Deus»O porta-voz da Conferência Episcopal realça que as palavras não foram dirigidas especificamente ao caso português. Mas, ainda assim, foram oportunas. O Sumo Pontífice falava aos embaixadores dos 178 Estados que mantêm relações diplomáticas com a Santa Sé e que foram recebidos no Vaticano durante a tradicional audiência do início de ano.
Um destes ataques provém das leis ou dos projectos que, em nome da luta contra a discriminação, atentam contra o fundamento biológico da diferença entre os sexos. Refiro-me, por exemplo, a países europeus ou do continente americano, afirmou o Papa. No seu discurso lembrou ainda que para o homem, o caminho a seguir não pode ser fixado pelo que é arbitrário ou apetecível, mas deve, antes, consistir na correspondência à estrutura querida pelo Criador.
Defendendo que as criaturas são diferentes umas das outras e podem ser protegidas ou, pelo contrário, colocadas em perigo de diversas maneiras, o líder da Igreja Católica assinalou que há em certos países, sobretudo ocidentais, um sentimento de pouca consideração e por vezes de hostilidade, para não dizer menosprezo, para com a religião, particularmente a religião cristã. a situação – constatou – tem raízes de ordem moral. a questão deve ser enfrentada no quadro de um grande esforço de educação, para promover uma real mudança das mentalidades e estabelecer novos modos de vida, referiu o Santo Padre.