Da infância guarda memórias tristes de um país em guerra. Contudo, provou o seu valor, sendo hoje o melhor fundista portugês
Da infância guarda memórias tristes de um país em guerra. Contudo, provou o seu valor, sendo hoje o melhor fundista portugêsO africano Eduardo Mbengani é, hoje, reconhecido no mundo do desporto, no atletismo, nas corridas de longa distância. Filho de uma angolana e de um congolês, refugiados da guerra em Portugal, o jovem de 24 anos mostrou como lutar por uma vida nova e alcançar sucesso. Descobriu o atletismo na escola em algés. Muitos desistiram, mas eu fui gostando cada vez mais de correr. Treinava todos os dias. Ganhei o crosse de juniores, mas como era estrangeiro não era considerado o campeão de Portugal, recorda, citado pelo jornal angonotícias.
O atleta precisou de obter nacionalidade portuguesa para ver o seu talento, oficialmente reconhecido. Isso, só foi possível aos 20 anos e após mãe ter voltado à República do Congo. Estive para desistir várias vezes. Pensei seriamente em abandonar o atletismo. O sucesso só se atinge com capacidade físicas, psicológicas, e muita perseverança, defende o atleta que conquistou o sétimo lugar, no campeonato europeu de crosse, recentemente. Para trás, ficam memórias tristes de uma angola em guerra, do barulho dos tiros, das bombas e das dificuldades que a família atravessou para conseguir refugiar-se em Portugal.