Dois leigos missionários da Consolata em missão, a sul de Moçambique, dedicaram-se à formação de petizes moçambicanos. Uma experiência para toda a vida
Dois leigos missionários da Consolata em missão, a sul de Moçambique, dedicaram-se à formação de petizes moçambicanos. Uma experiência para toda a vidaNo contacto com crianças e jovens moçambicanos, Rui e Diana antunes reaprenderam a viver. Levar a vida com mais calma. Foi um das primeiras coisas que aprendi com eles, afirma a leiga. Tínhamos tudo planeado como típicos europeus, mas depois vimos que eles não seguem horários. ao início, isso deprimia-nos. Queríamos dar tanto, mas eles nunca chegavam a horas, recorda. No entanto, quando apareciam muito descontraídos e com um sorriso na cara, era impossível ficarmos zangados. O valor que eles dão à vida é muito diferente. Na Europa, vive-se para trabalhar, enquanto lá trabalha-se para viver, constata o casal.
ao início eram olhados como bichos raros. Eles [as crianças] estão habituados a padres ou irmãs, e nós somos um casal. ao início, não sabiam como é que nos haviam de tratar por sermos casados, explica a jovem de 28 anos. Para eles já éramos um papá e uma mamã. Laços de amizade unem os leigos aos petizes da missão do Guiúa. Convidam o Rui [marido] para jogar futebol; as meninas sentem-se à vontade para me chamar a atenção quando não coloco bem a capulana [pano usado como saia]. alguns já manifestam receio do regresso definitivo a Portugal, previsto para Junho de 2010. Já estou tão habituado a vocês, como é que vai ser quando partirem, perguntava um dos formandos a Rui antunes.