Os Missionários da Consolata propõem um subsí­dio de reflexão que mensalmente comenta a frase de cada mês do Calendário 2010 sobre o tema do ano Europeu
Os Missionários da Consolata propõem um subsí­dio de reflexão que mensalmente comenta a frase de cada mês do Calendário 2010 sobre o tema do ano EuropeuPobreza em Portugal não pára de crescer
Pensávamos que em Portugal não tínhamos pobres. Cria-se que fazendo parte da comunidade europeia íamos ser mais ricos e nunca mais teríamos pobres. Mas a realidade não é essa. Os números sempre são frios mas quando esses números estão unidos à pobreza eà fome fazem-nos arrepiar. a população residente em situação de risco de pobreza mantinha-se o ano passado nos 18 por cento. O impacto das transferências sociais (excluindo pensões) na redução da taxa de risco de pobreza foi de aproximadamente seis pontos percentuais. Se considerássemos apenas os rendimentos do trabalho, de capital e transferências privadas, 41 por cento da população residente em Portugal estaria em risco de pobreza.
Os portugueses continuam a empobrecer
a conclusão é da assistência Médica Internacional (aMI) de acordo com dados recolhidos no primeiro semestre do ano. Há uma nítida tendência para um crescente número de casos de pobreza, afirma a aMI, e a grande maioria das pessoas que pede auxílio encontra-se em plena idade activa, entre os 21 e os 59 anos de idade. a maioria da população que recorreu aos centros Porta amiga encontra-se em situação de desemprego (80%), tendo como principais recursos os subsídios e apoios institucionais e o apoio de familiares ou amigos.
Há fome em Portugal
O arcebispo de Braga, Jorge Ortiga, denunciou há poucos dias que há fome em Portugal, mesmo que disfarçada na resignação de pessoas simples habituadas ao sacrifício . Falando no início da assembleia da Conferência Episcopal Portuguesa, que actualmente preside, o arcebispo referiu-se à situação social do país. a atenção à família determina o conteúdo das prioridades a considerar pelas instâncias governativas , começou por afirmar. E logo a seguir: O desemprego cresce e as empresas lutam com dificuldades ou já encararam a realidade da falência. a carência de bens essenciais entrou em muitas casas.
Vergonha encobre muita miséria
Depois de referir que há fome , o arcebispo acrescentou que a vergonha encobre muita miséria . E as estatísticas lançam alertas que os poderes deveriam ouvir para discernir caminhos que ofereçam aos pobres uma vida digna . Jorge Ortiga considera que esta é a prioridades das prioridades . Estes números e constatações devem fazer pensar a comunidade católica para que a própria fé não seja só de palavras mas também com obras.