Em entrevista à Fátima Missionária, antónio Fernandes explica quais as prioridades do instituto missionário para o continente americano
Em entrevista à Fátima Missionária, antónio Fernandes explica quais as prioridades do instituto missionário para o continente americanoantónio Fernandes, conselheiro geral da Consolata para a américa, encontra-se actualmente em Portugal, na Guarda, onde celebrou o Natal com a família. Em Janeiro, parte para o Brasil,onde vai participarnum encontro de missionários e missionárias da Consolata da américa Latina. Coordenar o trabalho missionário no continente e reflectir sobre os problemas que a sociedade coloca à missão e ao instituto são as duas grandes responsabilidades do conselheiro-geral. a actuação do instituto missionário da Consolata na américa Latina divide-se por vários campos: o acompanhamento dos povos étnicos; a realidade ecológica; a abertura do ser humano e a questão das grandes cidades.
É importante hoje resgatar a originalidade dos povos, no seus processos culturais, na sua própria identidade e acompanhá-los neste processo num mundo cada vez mais globalizado, explica antónio Fernandes. Preservar as particularidades de comunidades indígenas, de origem africana, entre outras, é o pretendido. Quanto ao ambiente, afirma: Estamos reflectindo muito sobre a questão ecológica. Sensibilizar as pessoas para a preservação da natureza, ver como se pode construir uma espiritualidade onde a questão esteja inserida, fazer com que as fronteiras não dividam os povos, mas sim, sejam um ponto de união e de contacto, explica.
O responsável aborda, ainda, a questão da posição do homem no mundo e o diálogo com os outros continentes. Quanto mais nos fechamos em nós mesmos, menos descobrimos a nossa vocação universal enquanto seres humanos, refere antónio Fernandes. Creio que o missionário deve ajudar a Igrejae sociedade americanaa abrir-se o mais que pode, numa abertura universal e além fronteiras, defende. Por fim, refere as grandes cidades como outro desafio. Nos grandes centros urbanosé maisvisível a exclusão social. Fazer com que as pessoas não criem guetos ea palavra de Deus possa servir processos humanizantes na cidade são as nossas preocupações, confessa. Trata-se portanto de humanizar as pessoas que nela vivem.