“Jesus foi um sem abrigo, emigrante sem papéis e filho de mãe solteira” são palavras do padre José Maia, presidente da Fundação Filos e Fundação Evangelização e Culturas, do Porto
“Jesus foi um sem abrigo, emigrante sem papéis e filho de mãe solteira” são palavras do padre José Maia, presidente da Fundação Filos e Fundação Evangelização e Culturas, do PortoEstas palavras do sacerdote foram resposta a uma pergunta do jornalista do Correio da Manhã ( revista Domingo) em entrevista recente e tendo como tema a celebração do Natal na actualidade.
Para compreendermos melhor o alcance desta afirmação, é conveniente enquadra-la, pelo que citamos ainda: a forma como o Natal aconteceu foi um murro no estômago da Humanidade. Não podemos celebrar verdadeiramente o Natal se virarmos a cara aos excluídos, aos emigrantes em dificuldade, aos pobres que pedem.como causas principais que originam a exclusão, aponta a solidão e a indiferença.
É conhecido o trabalho que o padre José Maia tem desenvolvido em prole dos mais desprotegidos, é um homem que vive a solidariedade social, por isso as suas palavras não nos surpreendem nem chocam, apenas revelam o seu sentir perante a sociedade em que vivemos.
Mas a intenção da nossa reflexão vai especialmente para uma iniciativa a que este sacerdote está a dar corpo e que se chama Movimento Comunidades de Vizinhança (MCV). a fase inicial deste projecto intervirá nas freguesias de Bonfim, Campanhã e Paranhos, do Porto, embora seja intenção dos promotores vir a abranger todos os interessados, mesmo noutras áreas geográficas.
O objectivo geral deste Movimento assenta num princípio de solidariedade em proximidade, e no fomento da expansão das capacidades, potencialidades e recursos dos indivíduos e comunidades, ou seja, criar redes de vizinhança entre pessoas e instituições, promovendo diferentes iniciativas/serviços, individual ou sectorialmente.
É um projecto inovador que pretende agregar as pessoas, procurando dessa forma criar interesses e contribuir para a defesa das mesmas – claro que estamos a falar daquelas que têm menos protecção. Poderá ser o princípio de um vasto movimento extensível a todo o País e cujos benefícios ainda estamos longe de avaliar, mas que serão muito importantes para um dos sectores da população mais sensível da nossa sociedade.
Como é evidente, o Movimento tem objectivos específicos ainda mais concretos, por isso sugerimos vivamente ao leitor que consulte o site para conhecer o seu Documento Orientador.