“São os trabalhos ‘verdes’ a arma definitiva” para quebrar os ciclos de
pobreza? a questão é debatida numa prestigiada revista académica online
“São os trabalhos ‘verdes’ a arma definitiva” para quebrar os ciclos de
pobreza? a questão é debatida numa prestigiada revista académica onlineO futuro da pobreza deve ser equacionado no âmbito de uma economia verde, ambientalmente sustentável, que promova o desenvolvimento. É esta a ideia central do novo número de Pathways, uma revista académica de economia americana, que foge à matriz neoliberal e procura reflectir sobre a pobreza, desigualdade e política social.
O Centro Stanford para o Estudo da Pobreza e da Desigualdade reflecte com a edição de Pathways – disponível em – questiona se são os trabalhos verdes’ a arma definitiva [silver bullet] para quebrar os ciclos de pobreza: um dos artigos argumenta mesmo que estes novos empregos vão erradicar a pobreza – ou de forma directa, em inglês a poverty-killer.
Mas nem só a pobreza pode beneficiar de uma aposta forte em empregos relacionados com o ambiente. Este também sai a ganhar, na perspectiva de John Podesta e Sarah Miller, que discutem como as novas políticas podem gerar novos trabalhos que vão combater simultaneamente as alterações climáticas e a pobreza.
Nestes tempos de atenção nas questões do clima, com a realização da Cimeira de Copenhaga, que discutirá este mês um acordo climático global, e depois de um encontro da FaO ter sublinhado a incapacidade do mundo em cumprir a meta dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, que passavam pela redução para metade da fome e da pobreza, o debate promovido pela Pathways ajuda, sem dúvida, a abrir novos horizontes e pistas de leitura.