«Se o bem comum orienta o agir das pessoas e das associações, a Igreja e os cristãos comprometem-se com ele para que o seu agir se torne sinal interpelativo»
«Se o bem comum orienta o agir das pessoas e das associações, a Igreja e os cristãos comprometem-se com ele para que o seu agir se torne sinal interpelativo»Na Eucaristia de encerramento da Semana social, Jorge Ortiga assinalou que, hoje, mais do que nunca, o cristão é chamado conforme a sua vocação e segundo as suas possibilidades, a incidir na polis, mostrando uma preocupação em dar resposta às necessidades reais de todos os cidadãos. aos mais de 400 participantes nos trabalhos, o arcebispo primaz de Braga defendeu que é tempo de acordar para a luta e promoção do bem comum.
O hoje está a solicitar menor triunfalismo por parte da Igreja, mas maior empenho e presença nas realidades terrestres. a nossa demissão permite que outro modelo da sociedade avance. Não temos consciência disto?, interpelou. Os trabalhos da Semana social deveriam dar-nos uma maior sensibilidade e coragem para lutar contra todas as visões redutoras e parciais no duplo sentido da palavra, ou seja, em termos de não pensar em todos e de não integrar todas as dimensões no autêntico desenvolvimento, apontou ainda.
a vivência da caridade na verdade que se pode expressar na luta pelo bem de todos e pela denúncia de situações reais lesivas da dignidade deve servir de modelo aos cristãos, no seu compromisso na sociedade. Quando se impede e não se reconhece a dimensão transcendente da pessoa estamos a mutilar a verdadeira realização humana e a ofender uma das exigências do bem comum; quando se favorecem grupos ou se desconsideram os mais frágeis e marginalizam as minorias, permitimos que a desigualdade cresça e que existam privilegiados e protegidos, concluiu.