«aperfeiçoar com persistência as intervenções sociais da Igreja» para chegar à «promoção de dignidade de cada ser humano», é uma das conclusões da Semana social
«aperfeiçoar com persistência as intervenções sociais da Igreja» para chegar à «promoção de dignidade de cada ser humano», é uma das conclusões da Semana socialO bem comum exige que se conceda ao princípio da subsidiariedade pleno alcance e sentido, aliás bem patente na Constituição da República Portuguesa e nos Tratados da União Europeia. Nesse contexto, deverá valorizar-se uma intervenção mais próxima dos cidadãos com lugares de decisão descentralizados, refere outra das 12 conclusões dos trabalhos realizados durante dois dias, em aveiro.
Mais de quatro centenas de participantes, entre os quais um grande número de representantes do episcopado português e de instituições de solidariedade social aprofundaram a responsabilidade de cada cidadão, do Estado e da Igreja na construção do Bem comum. E nos direitos sociais, importa de facto passar da retórica à prática, dizem os congressistas. Não basta a sua consagração em textos básicos nacionais e internacionais. Temos de mobilizar para intervenções adequadas a fim de dar satisfação a esses direitos seja na acção política, seja na prática quotidiana.
Os participantes defendem que é necessário ter em conta as consequências da globalização, como o aumento localizado de pobreza e fenómenos de exclusão. Para evitar situações destas é fundamental desenvolver actividades locais. além do Estado, a palavra principal cabe aos empreendedores que têm que apostar claramente na comunidade onde se inserem.
Na sociedade actual, pós-cristã, a laicidade é uma realidade social, que se joga constantemente no interior da comunidade cristã. Os congressistas consideram que a laicidade não é uma perspectiva neutral e defendem a afirmação de valores religiosos, sobretudo no ensino. além de legítima, não coarcta a plena liberdade de formação dos cidadãos, concretizada na opção de escola. Na formação plena dos jovens há responsabilidades que à família incumbem e se vêem contrariadas por uma excessiva dependência da escola.
Os participantes da Semana social apelam ainda a que se incentivem grupos de líderes-servidores para um fortalecimento da consciência participativa e responsável dos singulares cidadãos. Desta forma se pautará a vivência cristã da construção do bem comum, pelo estilo evangélico.