a «atenção oficial» diminuiu, mas é a sul do Sara que vivem dois terços das pessoas infectadas pela SIDa, alertam os bispos de África e Madagáscar
a «atenção oficial» diminuiu, mas é a sul do Sara que vivem dois terços das pessoas infectadas pela SIDa, alertam os bispos de África e MadagáscarNão obstante algumas impressões prematuras, a SID a não desapareceu e a ideia que os tratamentos já sejam acessíveis a todos é falsa, lê-se na mensagem para o dia mundial contra a SIDa, a 1 de Dezembro, dos bispos da SECaM – Conferências Episcopais de África e Madagáscar. Segundo os prelados, apenas um terço das pessoas infectadas pelo vírus em África recebem os tratamentos necessários. E destes, apenas 60 por cento se mantêm em tratamento.
Em cada duas pessoas em tratamento, juntam-se outras cinco que contraem o vírus, escrevem os prelados. a mensagem termina com um apelo a reconhecer as diversas causas de um mal que é sobretudo africano. Para inverter esta tendência é preciso reconhecer o impacte de todos os factores em jogo: guerras, fragilidade dos estados africanos, desigualdade entre homens e mulheres, devastações provocadas pelas alterações climáticas e muitos outros. E os bispos acrescentam: Todos estes factores tornam os pobres mais pobres, mais deserdados e mais vulneráveis ao vírus e, se contagiados, mais expostos ao risco de desenvolver a doença.
Nos últimos anos verificaram-se progressos significativos nesta área. apesar disso, a África continua a ser o continente mais atingido pela doença. Segundo as Nações Unidas, dos 33 milhões de pessoas infectadas no mundo pelo vírus, mais de 22 milhões vivem a sul do Sara. Numerosos peritos e políticos africanos, em 2008, alertaram para o risco da crise económica mundial se reflectir negativamente nos financiamentos da luta contra a SIDa.