” a Igreja não se opõe ao testamento vital, desde que sejam respeitados os valores da vida” são palavras de antónio Marto no encerramento dos trabalhos
” a Igreja não se opõe ao testamento vital, desde que sejam respeitados os valores da vida” são palavras de antónio Marto no encerramento dos trabalhosManuel Morujão, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), apresentou em conferência de imprensa o comunicado final da assembleia Plenária, cujos trabalhos decorreram em Fátima de 9 a 12 de Novembro. Nesta assembleia os bispos portugueses abordaram diversos assuntos que estão a marcar a actualidade da Igreja, bem assim como na sociedade portuguesa, casos da educação, eutanásia, uniões homossexuais, entre outros.
Em relação à eutanásia, a CEP publicou uma nota pastoral denominada Cuidar da vida até à morte, contributo para a reflexão ética sobre o morrer. Este documento aborda todo um conjunto de pressupostos relacionados com a dignificação da vida tendo em conta a natureza ética, social, assistencial ou económica. Trata-se de um documento importante que, tal como antónio Marto referiu, se destina a ajudar a reflectir a vida, tendo o ser humano como protagonista. aconselhamos vivamente a leitura da nota pastoral, pois reflecte o pensar da Igreja enquanto tal, apontando caminhos para os cristãos.
No concernente às uniões entre pessoas homossexuais (com o estatuto de casamento), os bispos portugueses rejeitam publicamente que este tipo de uniões possa ser equiparado à família tradicional, considerando que isso constituiria uma alteração grave das bases antropológicas da família e com ela da própria sociedade. Em relação a um possível referendo, Jorge Ortiga, presidente da CEP referiu que a Igreja não se pronuncia, preferindo apelar a uma reflexão alargada, para que qualquer que seja a solução encontrada corresponda a uma posição consciente. O presidente da CEP referiu que é uma questão estruturante da sociedade portuguesa, por isso o importante é que apareça o diálogo.