Comunidade brasileira em Honduras defende realização de eleições. Preparativos do próximo escrutí­nio prosseguem, apesar da oposição da comunidade internacional
Comunidade brasileira em Honduras defende realização de eleições. Preparativos do próximo escrutí­nio prosseguem, apesar da oposição da comunidade internacionalHonduras vive há quatro meses em regime de ditadura, dirigidopor um governo golpista. a 28 de Junho, iniciou-se uma grave crise política neste país da américa Latina, com a expulsão do presidente legítimo, Manuel Zelaya. Roberto Micheletti assumiu o cargo de presidente, eleito pelo parlamento, desrespeitando a vontade do povo.
Desde então, o país tem sido palco de graves violações dos direitos humanos, em particular sobre a liberdade de expressão e de imprensa. Foram divulgados diversos casos de repressão a manifestações e protestos contra o actual governo. Inúmeros jornalistas foram ameaçados e violentados, nos últimos meses. Segundo um relatório do Cofadeh (Comissão Interamericana de Direitos Humanos de Honduras), 4234 pessoas viram os seus direitos desrespeitados, até meados de Outubro. Registaram-se 21 assassinatos, 108 ameaças de morte e mais de 3000 detenções ilegais.
Nas últimas semanas, representantes de Roberto Micheletti e Manuel Zelaya procederam a uma nova tentativa de negociação, mas sem resultado. O impasse permanece devido ao desacordo de ambas as partes sobre a restituição do presidente legítimo ao poder. O actual governo continua com os preparativos das próximas eleições presidenciais, marcadas para 29 de Novembro. Insiste na realização do escrutínio, apesar da oposição da comunidade internacional.
a comunidade de brasileiros, em Honduras, defende a ida às urnas já no próximo mês. Consideram-na a única alternativa para o fim da crise política. Esperam que o governo brasileiro e outros países tomem consciência da verdadeira situação de Honduras, alegando que o dia 29 é a esperança de muitos.