Uma organização de jornalistas divulga uma petição em defesa de movimentos sociais, como os Sem Terra. Várias personalidades nacionais e internacionais já assinaram
Uma organização de jornalistas divulga uma petição em defesa de movimentos sociais, como os Sem Terra. Várias personalidades nacionais e internacionais já assinaram a Rede Nacional dos Jornalistas Populares do Brasil coloca-se em defesa dos Sem Terra, através de um manifesto contra a violência do agronegócio e criminalização das lutas sociais. Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais (MST)são acusados de invadir e vandalizar terras de uma empresa produtora de sumo de laranja, a Sucocítrico Cutrale. Porém, a Rede recorda que dois terços das terras são propriedade pública, reconhecidos oficialmente como devolutas ou improdutivas. adianta ainda que não há provas de que a alegada destruição de máquinas tenha sido da responsabilidade dos Sem Terra.
a luta dos MST sempre se caracterizou pela não-violência, apesar da extrema violência por parte dos agentes do Estado e das milícias e jagunços a serviço das corporações e do latifúndio, denuncia a rede de jornalistas. a Comissão Pastoral da Terra revela que no primeiro semestre de 2009, registaram-se 366 conflitos. Os mesmos resultaram em 12 assassinatos, 22 ameaças de morte e seis pessoas torturadas, entre os trabalhadores.
a invasão dos territórios foi uma forma de pressionar o governo a proceder a uma reforma agrária. É preciso uma agricultura socialmente justa, ecológica, capaz de assegurar a soberania alimentar e baseada na livre cooperação de pequenos agricultores. Isso só será conquistado com movimentos sociais fortes, apoiados pela maioria da população brasileira,explica o grupo de jornalistas.
a organização convoca todos os sectores interessados a manifestarem-se contra a criminalização do movimento de trabalhadores rurais e de todas as outras lutas socais no Brasil. a petição conta com a assinatura de diversas personalidades nacionais e internacionais. Está disponível aqui.