Mais do que remediar é necessário prevenir. as populações do Corno de África precisam de meios para fazerem frente às crises e não só de bens alimentares
Mais do que remediar é necessário prevenir. as populações do Corno de África precisam de meios para fazerem frente às crises e não só de bens alimentaresOs etíopes na frente das alterações climáticas não podem esperar mais 25 anos para que o bom senso se traduza em boas práticas. a declaração é de Penny Lawrence, directora da Oxfarm. a agência internacional pede aos governo para irem além de ajudas primárias e emergentes, num contexto de insegurança alimentar. O envio de bens alimentares, um reacção reflexa, pode salvar muitas vidas, mas não resolve as crises alimentares.
O investimento deve ser feito na prevenção e não nas ajudas humanitárias após os desastres – considera a agência. as estratégias adoptadas devem centrar-se na preparação das comunidades para que possam fazer face a situações de crise, e não depender de ajudas externas. Não conseguimos fazer com que chova, mas podemos fazer muito mais para romper o ciclo de seca na Etiópia e no Corno de África, defende a Oxfarm, num recente relatório. Se as comunidades usufruírem de um sistema de irrigação para as colheitas, reservas de sementes e poços, conseguem sobreviver, explica.
as alterações climáticas acentuam a necessidade de mudança. a ocorrência de catástrofes naturais podem aumentar drasticamente. Cientistas consideram que, até 2034, a seca poderá tornar-se mais frequente no país. Entre 3 a 4 vezes por ano. Em 1984, a Etiópia atravessou uma das piores crises alimentares da sua história. Cerca de um milhão de habitantes morreram. Muitos mais, atingidos por uma fome extrema, sofreram de malnutrição. Grande parte da população depende de ajuda humanitária para sobreviver. 70 por cento dessa assistência provém dos Estados Unidos.