ao aceitar a proposta de, semanalmente, narrar um episódio da missão vivida em Moçambique, dei por mim a “abrir o livro da Missão”
ao aceitar a proposta de, semanalmente, narrar um episódio da missão vivida em Moçambique, dei por mim a “abrir o livro da Missão”Desde então este tem sido um modo de tornar conhecidas experiências de anúncio e vida cristã. São experiências vividas pessoalmente, no seio de uma Igreja missionária que agora conhecem uma nova expressão, cheia de sentido, ao serem partilhadas, com uma Igreja irmã mais velha. Sem grande pretensão e com humildade, narrando semanalmente a missão como é vivida aqui, pomos em comum dons que a todos enriquecem.
Em tudo o que aqui fomos apresentando, ao longo deste ano que está a terminar, espelham-se as comunidades cristãs de Moçambique. No respeito das devidas diferenças de caminho de fé, julgo que as comunidades moçambicanas podem ser mestras e interpelar as comunidades cristãs em Portugal nos seguintes desafios pastorais:
Na centralidade do primeiro anúncio: nas nossas jovens comunidades existe a consciência da novidade de Cristo e do facto de que o Evangelho é potência para a renovação da vida e da história. Também, na Igreja portuguesa há pessoas e grupos que necessitam do primeiro anúncio do Evangelho.
Na força da comunidade e a riqueza dos ministérios: a Igreja em Moçambique é por natureza comunitária e ministerial, onde a maioria dos fiéis assume uma tarefa na vida da comunidade e na sua missão na sociedade. Não precisarão Portugal e a Europa, mergulhados no super-individualismo das sociedades modernas, deste confronto com o apelo de uma Igreja que nos convoca a cada um a agir em comunidade?
Na ligação da fé à vida: a vitalidade das comunidades cristãs, onde o Evangelho se conjuga com a vida e se faz experiência de comunhão, empenho e missão no dia a dia. Também as sociedades mais desenvolvidas podem reaprender este caminho que nos convida a sair de nós e a olharmos o outro com sentido da comunhão em Cristo.
Na prática do catecumenado que prepara os jovens e os adultos a assumir consciente e responsavelmente o Baptismo e a vida nova que dele nasce.
Neste ano de colaboração assinalamos sobretudo, a alegria de celebrar a fé e testemunhá-la. O são orgulho de uma identidade cristã que se expressa no dia a dia, sem complexos, sem vergonha, no meio dos mais pobres que, por ventura, têm tanto a ensinar-nos, na aventura da sua simplicidade.