Santuário de Fátima acolheu a sua estreia no anfiteatro do Centro Pastoral Paulo VI
Santuário de Fátima acolheu a sua estreia no anfiteatro do Centro Pastoral Paulo VIO tema das aparições de Nossa Senhora em Fátima já foi matéria para produções culturais de vária índole, ontem foi apresentada mais uma, um filme em estreia absoluta que dá pelo título O 13º. Dia. É uma produção de 13th Day Films Ltd, escrito e realizado por Ian e Dominic Higgins.
Sendo um filme de ficção, é como tal que deve ser visionado, ou seja, não estando em causa a sua contribuição para a divulgação da mensagem de Fátima, tem nele introduzidos elementos de fantasia destinados à venda do produto, o que é normal.
O facto de ter sido produzido em inglês – que é um língua mais comercial e abrangente – e não em português, revela essa preocupação, mesmo tendo em conta a nacionalidade dos autores.
O enredo parece-nos bem conseguido, descrevendo uma época difícil, de forma especial para os católicos, e no caso concreto no concernente às aparições de Fátima e à sua rejeição pelo poder instituído de então.
O resultado da análise feita pelo autor não deixa de ser interessante, contudo, as fontes de que se socorreu parecendo aceitáveis, foram tratadas de uma forma pessoal – cremos nós – colocando enfoque na dramatização excessiva de acontecimentos e personagens.
a banda sonora de andrew Guthrie confere-lhe um dramatismo mais intenso – aqui quase poderíamos dizer sufocante – apesar de ser atenuado com música mais suave nas cenas narrativas, como no caso da personagem que interpreta o papel de Lúcia.
Parece-nos um filme sério e bem concebido no que respeita à tecnologia de ponta, a dos efeitos especiais, permitindo uma caracterização quase real do imaginário de determinadas cenas – estamos a lembra-nos do rodopiar do sol, por exemplo.
Como é evidente, o tema foi centrado na vida dos pastorinhos, assim como nas aparições, especialmente a de 13 de Outubro e na sua envolvência de então, mas está longe de esgotar o assunto, apesar de nos parecer um contributo bastante válido.
Claro que apenas podemos comentar o que vimos e não o que gostaríamos de ter visto. a mensagem de Fátima é algo mais vasto se analisado devidamente, mas o autor até nisso foi cuidadoso, pois terminou com as palavras do Senhor (Mat11-25): Eu te louvo Pai porque escondeste estas coisas aos sábios e as revelaste aos pequeninos.
É uma forma humilde para contornar o essencial na mensagem de Nossa Senhora revelada aos pastorinhos – penitência e oração – como acto de amor do Homem para Deus e vice-versa.