Os angolanos no Congo estão em situação legal; já os congoleses em angola eram clandestinos. O presidente congolês ordenou a suspensão da medida
Os angolanos no Congo estão em situação legal; já os congoleses em angola eram clandestinos. O presidente congolês ordenou a suspensão da medidaO repatriamento forçado dos angolanos na República Democrática do Congo (RDC) tem gerado muita insegurança entre os que lá residem. Não consigo entender o que se está a passar. Sou puramente angolano, mas cresci aqui no Congo Democrático e tenho medo. Estes são relatos divulgados pelo jornalangonoticiasque mostramos sentimentos experimentados por alguns residentes angolanos,que tememter de abandonar o país. Segundo a comunicação social angolana, até ao passado dia 9 de Outubro, 16 450 angolanos já tinham sido expulsos.
O pequeno posto médico da localidade angolana de Kimbata, na região fronteiriça de Uíge, atende com dificuldades as centenas de cidadãos, extenuados e doentes, que por ali passam todos os dias. apesar das autoridades terem reforçado as reservas de água e medicamentos, o serviço prestado continua insuficiente para responder a tamanhas necessidades – explica uma enfermeira, citada pela mesma fonte. O governo de Luanda assegurou que ninguém ficaria sem apoio, mas verificam-se algumas dificuldades na entrega de bens básicos às populações deslocadas.
Ontem, dia 12 de Outubro, Joseph Kabila, presidente congolês, ordenou a suspensão da expulsão dos residentes angolanos. a decisão surge no seguimento de um comunicado do ministério dos negócios estrangeiros angolano. O mesmo anunciou a interrupção dos voos da companhia nacional TaaG em direcção a Kinshasa [capital da RDC]. Segundo o jornal congolês, Le Potentiel, fala-se num possível encontro entre os dois dirigentes. as autoridades angolanas consideram as medidas tomadas pelo governo do Congo Democráticodesproporcionadas e excessivas. argumentam que os congoleses expulsos trabalhavam clandestinamente como garimpeiros, em minas de diamantes. Já, os angolanos expulsos da RD Congo encontravam-se em situação regular.