Trata-se de um mal comum às populações ocidentais, mas nas grandes cidades africanas registam-se muitos casos de obesidade. No continente é símbolo de sucesso
Trata-se de um mal comum às populações ocidentais, mas nas grandes cidades africanas registam-se muitos casos de obesidade. No continente é símbolo de sucessoJá nos habituamos a ver notícias ou ouvir relatos sobre a pobreza e fome da população africana. Porém, problemas alimentares como a obesidade são uma surpresa. a África Subsariana é a região do continente que apresenta níveis mais preocupantes de insegurança alimentar. Mas, nas cidades há cada vez mais pessoas com problemas de saúde, fruto de excessos na alimentação. Decorreu esta semana um congresso internacional de nutrição em Banguecoquesobrequestões alimentares.
Muitos africanos migraram para a cidade, onde adoptaram maus hábitos alimentares, constatou o presidente da Federação Internacional dos Diabetes,durante oevento. Tanto a sob-nutrição como a subnutrição podem resultar da pobreza e insegurança alimentar. as populações pobres da cidade não tem acesso a alimentos frescos e nutritivos ou não tem dinheiro para os comprar – explicou uma nutricionista canadiana presente. a questão cultural também interfere na saúde alimentar do povo africano, que não tem consciência doproblema que se está a gerar. Em muitas regiões, a obesidade não é mal vista. Pelo contrário, é símbolo de sucesso – mostra que não há fome.
a mais ou a menos, pode dizer-se que a situação da alimentação a nível mundial é preocupante. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 300 milhões de pessoas desenvolveram obesidade clínica. Dados recentes do Fundo das Nações Unidas para a alimentação e agricultura revelam que perto de um sexto da população mundial sofre de subnutrição. Para 2009, contam-se mais105 milhões. O dia mundial da alimentação, celebrado a 16 de Outubro, assim como um encontro mundial sobre a segurança alimentar,a decorrer em Novembro deste ano, serão ocasiões paraprocurar soluções.