Mais de dois milhões perderam a vida em conflitos armados desde 2006 devido à “extrema lentidão” em adoptar um tratado sobre comércio de armas convencionais
Mais de dois milhões perderam a vida em conflitos armados desde 2006 devido à “extrema lentidão” em adoptar um tratado sobre comércio de armas convencionaisas discussões para estabelecer um tratado internacional eficaz sobre comércio de armas convencionais progridem com extrema lentidão devido a interesses pessoais e tácticas dilatórias de alguns dos mais importantes negociantes de armas, lê-se num comunicado da Oxfam, citado pela Lusa. Segundo um relatório daquela organização, Morrer por acção, elaborado com outras 11 organizações da campanha internacional Controlo das armas, cerca de 2,1 milhões de pessoas foram mortas e dezenas de milhões de outras foram feridas, deslocadas ou empobrecidas desde Dezembro de 2006, quando a comunidade internacional reconheceu a necessidade de regular o comércio de armas.
as 12 organizações lançam um apelo urgente para a conclusão rápida do acordo antes da reunião de lançamento das negociações formais para um tratado regulador do comércio das armas (aTT) marcada para este mês pelas Nações Unidas. O mundo não pode permitir-se esperar mais tempo e o tratado deverá estar concluído o mais tardar antes do fim de 2012, prossegue o comunicado, que preconiza um texto sólido que limite os fluxos de armas e munições e impeça as vendas de armas que engendram pobreza, conflitos e infracções aos direitos do homem.
a grande maioria das vítimas são civis, nomeadamente no afeganistão, Somália, Sudão e Sri Lanka. Este ano, a guerra mais mortífera do mundo, na República Democrática do Congo (RDC), piorou, o que fez aumentar muito os números, refere a coligação. além disso, a criminalidade provocou mais mortos do que antes, sendo a américa Latina e a África subsariana as regiões mais afectadas. a violência armada ceifa diariamente duas mil vidas , segundo o comunicado. Devemos mudar o sistema actual, em que não existe nenhum controlo mundial eficaz do comércio de armas, afirmou Jeremy Hobbs, director-geral da Oxfam internacional. Negociantes de armamentos sem escrúpulos podem tão facilmente enviar armas para as piores zonas de conflito do mundo.