Principal partido da oposição propôs, no final de Setembro, lei contra quem actua de forma discriminatória contra estrangeiros. Resta saber se passará no parlamento
Principal partido da oposição propôs, no final de Setembro, lei contra quem actua de forma discriminatória contra estrangeiros. Resta saber se passará no parlamento a proposta de lei, inédita no país, estipula uma pena máxima de dois anos ou a multa equivalente a oito mil dólares para quem discriminar estrangeiros nas áreas do emprego, nos transportes públicos, no acesso à habitação, ao ensino e formação profissional por causa da cor da pele ou país de origem. a ideia nasceu após a viagem que Jun Byung-hun fez aos Estados Unidos para participar na cerimónia de tomada de posse de Barak Obama. Durante a visita, encontrou um advogado coreano para discutir assuntos relacionados com o racismo e a forma como os coreanos são tratados no estrangeiro. ao regressar à Coreia, o caso de discriminação racial contra um professor estrangeiro motivou-o a acelerar o processo de elaboração e proposta da lei.
Originário da Índia e a leccionar numa universidade de Seul, o professor foi insultado racialmente por um coreano e alguns polícias. O caso foi a tribunal e está para sair a senteça. Trata-se do primeiro caso de julgamento de discriminação racial contra estrangeiros em toda a história do sistema judicial coreano. Segundo Jun Byung-hun, é absurdo discriminar os estrangeiros, sobretudo se são provenientes de países asiáticos. até porque é em parte, graças a eles, que a Coreia goza de uma impressionante riqueza económica.
Segundo um inquérito dirigido a 975 coreanos adultos pelo Instituto para Políticas Democráticas, cerca de 81 por cento estão de acordo com a proposta da lei anti-racismo, dez por cento são contra e oito por cento não expressaram qualquer opinião. O número de estrangeiros residentes na Coreia é já de um milhão e cem mil, sendo a maior parte deles ilegais e provenientes do sudeste asiático.