amar significa querer o bem da outra pessoa e fazer tudo para que ela seja feliz: No matrimónio, isto significa dar-se sem medida
amar significa querer o bem da outra pessoa e fazer tudo para que ela seja feliz: No matrimónio, isto significa dar-se sem medidaSenhor Deus, que criastes o homem e a mulher para que a vida dos dois se torne uma só e seja o fundamento da sua harmonia livre e necessária que só no amor se pode concretizar: pela acção do vosso Espírito Santo levai os filhos e filhas de adão e Eva a viver na santidade das suas origens primordiais, e dai-lhes um coração fiel de forma que nenhum poder humano possa jamais separar o que vós mesmo unistes. (Da oração da missa)
Por mais que os detractores da Palavra de Deus barafustem e legislem para que a união verdadeira dum homem e duma mulher no matrimónio possa ser abortada, a lei de Deus não admite excepções. Nas palavras do único Mestre, Jesus Cristo (cf. João 13, 13), O que Deus uniu, nunca pode o homem separar (Marcos 10, 9). O matrimónio é invenção de Deus, e só ele lhe pode conferir leis, leis que nunca poderão ser alteradas. assim o explicou o Mestre, Cristo: Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher, e serão os dois uma só carne (Marcos 10, 7-8. Génesis 2, 24).
ao matrimónio quis Deus conferir a felicidade: Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma companheira a ele semelhante (o Criador, em Génesis 2, 18). E ao vê-la disse adão de Eva, sua esposa: Esta sim que é osso dos meus ossos e carne da minha carne (Gén 2, 23). Os dois tornam-se uma só carne. E nesta união do esposo a sua esposa vê-se claramente a igualdade e a complementaridade que Deus entendeu dar-lhes. .
Está a Bíblia cheia de descrições das qualidades que o amor dos esposos deve ter. Diz a esposa’: arrasta-me atrás de ti (Cântico dos Cânticos 1, 4); Um cacho de alfena é o meu amado para mim (CdC 1, 14)… Diz o esposo’: Ó mais bela entre as mulheres (CdC 1, 8). Formosas são as tuas faces entre os brincos (CdC 1, 10): ah, como és bela, meu amor, como são lindos os teus olhos de pomba! (CdC 1, 15). Descrições estas, e milhentas outras, que mostram o amor físico e o amor espiritual entre a esposa e o marido.
Mas o que será o amor, realmente? Não certamente as muitas ofertas de tantos filmes subjugados pela demência sexual. Não é, o amor verdadeiro, um sentimento excitado simplesmente pela beleza física, ou os alardes machalhões dum casanova sem rei nem roque. Não é o que por vezes as novelas nos oferecem como passatempos inúteis.
amar significa querer o bem da outra pessoa e fazer tudo para que ela seja feliz: No matrimónio, isto significa dar-se sem medida, corpo e vontade.com sentimento ou sem ele. Na alegria como nas horas tristes. Dar-se sem exigir pagamento de volta. Será isto possível? aos seres humanos, sem a ajuda de Deus, muitas vezes não é possível. Mas com Deus, nada é impossível (cf. Lucas 1, 37; Lucas 18, 27). De facto, podemos comparar o matrimónio a uma construção. Quando construímos uma casa, se pusermos os tijolos uns em cima dos outros sem nada colocar entre eles, algo que os mantenha unidos, como por exemplo cimento, essa casa vai ruir em pouco tempo. Os tijolos, digamos assim, são os esposos, o material da construção. Mas precisam do cimento da presença e da graça de Deus. Diz S. Paulo (Efésios 5, 27-28). Cristo preparou e apresentou a si próprio a sua esposa, a Igreja, sem mancha nem ruga… mas santa e imaculada… assim devem também os maridos amar as suas mulheres, como seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo… Dado que Deus foi o arquitecto e o engenheiro do matrimónio, só seguindo as suas leis poderá o matrimónio funcionar na medida que Deus quer. Quantos matrimónios há, graças a Deus, cuja vida aponta directamente para o amor sem limites que Cristo tem para com a sua Igreja. Sim, é maravilhoso como o Espírito em S. Paulo nos diga que o amor que um marido mostra a sua mulher e vice-versa, esse amor mostra ao mundo o amor que Cristo tem para com a sua Esposa, a Igreja.
Para concluir, mais uma citação do Cântico dos Cânticos, que aplicamos ao matrimónio: Grava-me como selo em teu coração, como selo no teu braço. Porque forte como a morte é o amor, implacável como o abismo é a paixão; os seus ardores são chamas de fogo, são labaredas divinas (8,6). E que bom se todos os esposos pedem todos os dias a presença materna da madrinha de todos os matrimónios, a Virgem Santíssima, que tal se manifestou no banquete de núpcias de Caná da Galileia, obtendo de seu Filho uma abundante quantidade de vinho generoso, o vinho que toda a Bíblia proclama alegrar o coração do homem – o vinho da alegria dos esposos, especialmente dos esposos cristãos.