a junta militar rejeita responsabilidades em relação ao recente massacre. a conferência episcopal da Guiné apela à paz e à consciência de todos
a junta militar rejeita responsabilidades em relação ao recente massacre. a conferência episcopal da Guiné apela à paz e à consciência de todosQuantas famílias guineenses esperam que seja esclarecido o trágico e desumano desaparecimento de tantos cidadãos? O solo guineense já não está suficientemente embebido de sangue inocente?, questionam os bispos da Guiné-Conakry, lembrando os últimos acontecimentos. Uma manifestação, brutalmente reprimida pelos militares, no passado 28 de Setembro, em Conakry [capital] resultou em centenas de mortos e feridos. a comunicação social internacional, aponta para um total de 157 mortos e mais de 1000 feridos.
Dias antes, os prelados tinham realizado um apelo à paz dirigido a toda a população, mas em especial aos organizadores da manifestação e às autoridades. Nós, pastores da Igreja católica, fazemos um apelo à consciência de todos e de cada um, para que esta manifestação se desenvolva de maneira pacífica, afirmaramnum comunicado, citado pela agênciaFides. Em conjunto, alertavam: Que ninguém se sinta liberado das próprias responsabilidades e que cada um pense nas consequências das próprias acções. Porque se a casa da Guiné se inflama, seremos todos responsáveis.
a junta militar que dirige o país rejeita responsabilidades. O chefe militar, Dadis Camara, afirma não controlar o exército O que aconteceu ultrapassou-me. () Dizer que eu controlo este exército é demagogia, declarou, citado pelo jornal afrik.com. o dirigente decretou dois dias de luto nacional, a 29 de Setembro. Pediu aos chefes religiosos para realizarem orações, na próxima sexta-feira e domingo. apelou à comunicação social e líderes de opinião para que se abstenham de qualquer declaração ou acto que possa abalar a ordem pública. Proibiu ainda qualquer ajuntamento perturbador.