O governo em exercício barrou a entrada de uma comissão da OE a que iria proceder a uma nova tentativa de diálogo com dirigente legítimo. a relação com o Brasil complica-se
O governo em exercício barrou a entrada de uma comissão da OE a que iria proceder a uma nova tentativa de diálogo com dirigente legítimo. a relação com o Brasil complica-seO governo interino de Honduras, dirigido por Roberto Micheletti, impediu a entrada no país de uma delegação da Organização dos Estados americanos (OEa), a 27 de Setembro. O grupo de oito membros foi retido, ontem, no aeroporto e foi obrigado a regressar aos Estados Unidos. Pretendiam preparar a vinda de uma comissão mais ampla, que conta com o presidente da OE a e outros dirigentes. José Miguel Insulza tinha anunciado esta deslocação a Honduras, na passada semana, cujo intuito era promover o diálogo entre o governo golpista e o presidente deposto, Manuel Zelaya.
O governo também ameaçou encerrar a embaixada do Brasil, que abriga há uma semana o dirigente expulso. O ministro dos negócios estrangeiros de Honduras, Carlos Contreras, anunciou que o estabelecimento seria considerado um prédio privado, se dentro de 10 dias o presidente brasileiro, Lula da Silva, não se pronunciar oficialmente sobre as condições em que abriga Manuel Zelaya. O Brasil decidiu romper com o governo. O que estamos a fazer é reciprocidade. () Se não existe essa razão bilateral, tem que se retirar o escudo, explicou o responsável. O governo hondurenho informou, ainda, que rompia todas as relações diplomáticas comquatro países: argentina, México, Venezuela, e Espanha.
a imprensa brasileira dá notícia de um decreto emitido, ontem, pelo governo de Roberto Micheletti que proíbe os protestos públicos e restringe fortemente a liberdade de imprensa. O ministro do interior de Honduras, Oscar Maputo, declarou que os órgãos de comunicação que sejam considerados como perturbadores da paz, devem ser regulados pelo novo decreto. O documento autoriza as autoridades a suspender a actividade de qualquer órgão, que não ajuste a sua programação às disposições actuais. O decreto determina uma suspensão de 45 dias da liberdade deexpressão, associação e autoriza prisões sem mandados.