Este foi o tema escolhido para a peregrinação de 12 e 13 de Outubro próximo ao Santuário de Fátima a que o cardeal patriarca de Lisboa, José Policarpo, presidirá
Este foi o tema escolhido para a peregrinação de 12 e 13 de Outubro próximo ao Santuário de Fátima a que o cardeal patriarca de Lisboa, José Policarpo, presidiráVamos reflectir um pouco sobre outro tipo de peregrinos, nós, todos aqueles a quem o Criador escolheu para fazer a peregrinação da vida terrena como etapa e não como final. O cristão não se deve conformar com este mundo, mas sabe que tem de viver nele lutando pelo seu ideal, coisa que na sociedade actual é menosprezado.
Os valores morais são combatidos ferozmente por uma sociedade dita consumista, mas que poderíamos designar mais concretamente como egoísta. Quanto aos valores cristãos, esses até chegam a ser odiados, porque exigem um espírito puro e de coração aberto, que colide com os interesses da libertinagem.
Como conciliar a nossa vivência enquanto cristãos e simultaneamente obedecer a Leis iníquas do Estado? Por exemplo as que não respeitam o cidadão e a Vida?
a Igreja, enquanto instituição e os cristãos, como seus seguidores, foram na nossa história recente da República alvos a abater. afonso Costa disse que acabaria com a Igreja, não o conseguiu, ele morreu e a Igreja continuou.
Com o regime de Oliveira Salazar a Igreja conheceu um período de tolerância, a prática religiosa manteve-se, apesar de não haverem sido devolvidos a maior parte dos seus pertences que a República deitou mão, melhor dito: roubou.
Com o regime saído da revolução de 25 de abril surgiu a democracia e com ela as liberdades com tudo que de bom e mau acarreta.
a Constituição da República foi alterada e traçada uma meta de rumo ao socialismo, condição que só muitos anos mais tarde foi abolida.
Havia um documento que regulava a posição da Igreja e do Estado, a Concordata, e que permitia um relacionamento aceitável entre as duas instituições.
Os sucessivos Governos foram permitindo, mas sempre ameaçando com uma revisão e ela fez-se, há cerca de cinco anos que foi concluída.
Nos últimos anos a malha do Estado foi apertando a Igreja e até as obras sociais passaram a ser tributadas, os sacerdotes e agora as próprias comissões fabriqueiras.
Ou seja: o Estado que deveria apoiar o cidadão, independentemente da sua condição ou credo, pratica manifestamente o inverso.
Contudo, muitas obras da Igreja substituem o papel que cabe ao Estado, por exemplo as IPSS, e o que recebem em troca?
Temos uma Constituição que permite um Estado controlador, inclusive nacionalizador, em qualquer sector da vida do país.
as consequências começam a surgir em vários quadrantes e isso não nos permite uma vida melhor.
Os cristãos têm que utilizar os meios que o Estado lhe concede para intervir na tentativa de alterar este estado de coisas, e só o podem exercer de uma forma: votando. amanhã é dia de eleições, mesmo que não acreditemos nas promessas dos partidos e dos políticos em geral, é preciso que cada cristão use o seu direito e vote, pois só assim impede que outros resolvam as coisas por nós.