Os imigrantes continuam a enfrentar “grandes dificuldades” no acesso à saúde, na maioria dos Estados-membros
Os imigrantes continuam a enfrentar “grandes dificuldades” no acesso à saúde, na maioria dos Estados-membros a denúncia foi feita durante um encontro internacional sobre o acesso à saúde dos migrantes na Europa, em Lisboa, pela Organização Internacional para as Migrações (OIM). O director do departamento de Saúde e Migrações da OIM-Genebra defende que chegou a altura de os migrantes merecerem uma atenção adequada no âmbito sanitário por parte das autoridades comunitárias.
apesar da conferência europeia sobre Migração e saúde na UE – Melhor saúde para todos numa sociedade mais inclusiva , realizada há dois anos atrás, sob a presidência portuguesa, ter contribuído para impulsionar o debate sobre a necessidade de estabelecer direitos comuns nesta área para melhorar a saúde dos migrantes, a verdade é que, na prática, as dificuldades de acesso continuam , afirma Davide Mosca, citado pela Lusa.
Em Portugal, muitos imigrantes ilegais não têm acesso a cuidados de saúde porque desconhecem ou porque os serviços não estão suficientemente informados, revela um estudo da rede europeia de associações Médicos do Mundo. O segundo relatório acesso aos cuidados de saúde das pessoas sem autorização de residência de 11 países da Europa avaliou 1200 imigrantes sem documentação. Este estudo refere-se aos que procuraram ajuda nas unidades fixas e móveis de saúde da organização não-governamental Médicos do Mundo de Portugal, França, Bélgica, Reino Unido, Suécia, Suíça, Grécia, Itália, alemanha, Espanha e Holanda.