« a escola, como família alongada ou prolongada, costuma ser o primeiro alvo daqueles que querem abrir as portas à dita modernidade»
« a escola, como família alongada ou prolongada, costuma ser o primeiro alvo daqueles que querem abrir as portas à dita modernidade»O bispo emérito de Setúbal aponta o início do ano pastoral e escolar com críticas à modernidade apregoada. Hoje, ser moderno supõe negar ou agredir a vida, também brincando à vida, escreve Manuel Martins, num artigo do Página 1, jornal diário on line da Renascença.
O prelado aponta que o grau de modernidade supõe rasgar dos dicionários o vocábulo família e recorrer a impensáveis habilidades para passarmos por outros e para enganarmos toda a gente. Ironicamente, diz o bispo emérito da diocese de Setúbal, ser moderno a sério implica negar o próprio Deus com a sanha e a raiva com que tantos o vêm fazendo. Nesta sociedade moderna, Manuel Martins questiona se há disponibilidade dos cristãos para responder a estes desafios.
Neste início de ano escolar, o bispo critica a educação actual. Quando nos deparamos com o que vem acontecendo no nosso país, logo a nível de um Estado que se arroga o direito de ser o único educador (não esqueçamos que por aqui começam as ditaduras), não é desculpável que nos calemos ou que simplesmente nos comportemos com indiferença, afirma.
a família é a primeira e insubstituível escola, defende. Tem de estar e acompanhar nem que seja para protestar, considera o bispo emérito. Na perspectiva de Manuel Martins, a escola costuma ser o primeiro alvo daqueles que querem abrir as portas à dita modernidade.