Muitos cambojanos são sujeitos a trabalhos forçados, em países como a Tailândia. a elevada taxa de desemprego aumenta o número de casos
Muitos cambojanos são sujeitos a trabalhos forçados, em países como a Tailândia. a elevada taxa de desemprego aumenta o número de casosNo Camboja, são frequentes casos dehomens, vítimas de trabalhos forçados. Jovens desesperados à procura de trabalho, iludem-se com falsas promessas de traficantes. Kou Channyyon, filho de um agricultor do sul do país,foi uma das vítimas. Partiu para a Malásia, com a esperança de ganhar 200 dólares por mês numa fábrica de café. Porém, acabou sem passaporte e a trabalhar 13 horas por dia, a troco de um salário miserável. Era estafante. Dormia muito pouco e recebia menos que os outros operários, contou à agência IRIN.
OUNIaP, projecto das Nações Unidas para os trabalhos forçados, citada pela mesma agência, aponta para milhares de cambojanos vítimas desse problema. Prevê um agravamento da situação, perante o cenário de crise económica global. a exportação nacional foi fortemente afectada, o que aumentou o desemprego entre a população. Penso que o governo deve resolver o problema do trabalho forçado e imigração ilegal reforçando o mercado de trabalho, defendeu Ya Navuth, director de uma organização não governamental local. Os jovens têm cada vez mais dificuldades em arranjar trabalho.
até então, o problema afectava com mais incidência mulheres e crianças, do sudeste da Ásia. Contudo, organizações e governo começam a estar mais atentos ao drama de muitos homens que saem do país para ajudar as suas famílias e acabam explorados. Em 2008, o Camboja adoptou uma lei que reconhece o trabalho forçado de homens, como um crime passível de ser punido. O UNIaP aponta para a Tailândia, Malásia e Taiwan como principais países de destino.