Trata-se de uma prática comum em países mais pobres, responsável pela morte de muitas jovens. a UNICEF alerta para a violação dos direitos das crianças
Trata-se de uma prática comum em países mais pobres, responsável pela morte de muitas jovens. a UNICEF alerta para a violação dos direitos das criançasO Fundo das Nações Unidas para Infância condenou, a 15 de Setembro (ontem), a morte de uma criança de 12 anos, ao dar à luz, no Iémen. Fawaziya Youssef foi forçada a casar-se com um homem mais velho e acabou por engravidar. a jovem gestante e o bebé acabaram por falecer, durante o parto.
ann Veneman, directora do orgão,lembrou que o casamento infantil viola os direitos das crianças. a Convenção sobre os Direitos das Crianças das Nações Unidas assenta em quatro pilares fundamentais: a não discriminação, o interesse superior da criança, a sobrevivência e desenvolvimento, o respeito pela sua opinião. Foi adoptada peloorganização, em 1989, e ratificada pela maioria dos países, a excepção dos Estados Unidos da américa e Somália.
O casamento infantil desrespeita os quatro fundamentos, na medida em nega à criança o direito à educação e outras oportunidades, limitando portanto o seu desenvolvimento. além de ser forçada a algo que não deseja, a sua vida é colocada em perigo. Segundo a UNICEF, o risco de morte no parto é cinco vezes mais elevado em meninas com menos de 15 anos.
Em Bangladesh, Chade e República Centro africana, cerca de 60 por cento das mulheres casam-se com menos de 18 anos. a pobreza da população é um factor preponderante para a ocorrência de casamentos na infância. Recorda-se que alguns países, onde a prática é corrente, estão atentos à problemática. Recentemente, o Mali, país africano, elaborou um projecto de lei que determina a idade mínima de 18 anos para o casamento.