Um empresário chinês apaixonou-se pelo continente africano. Desde então, organizou duas edições de um festival dedicado à cultura africana e abriu uma dezena de lojas
Um empresário chinês apaixonou-se pelo continente africano. Desde então, organizou duas edições de um festival dedicado à cultura africana e abriu uma dezena de lojasDecorreu ao longo da passada semana,a segunda edição do festival Touchafrica Tourism and Cultural, em Pequim [capital]. O evento pretende promover a cultura africana junto do público chinês. Trata-se de uma iniciativa de um empresário chinês, grande admirador de África. Tomou contacto com o continente pela primeira vez, em 2001, durante uma viagem que se estendeu ao Egipto, África do Sul e Zâmbia.comprei tantas obras de arte e máscaras que tive de pedir ajuda ao governo sul-africano para as enviar para a China, conta, em entrevista ao jornal afrik.com
Em 2001, Cheng Hui criou a associação Touchafrica. Não conseguiu nenhum tipo de apoio fianceiro, nem do governo nem de patrocinadores. Para mim, uma das formas de divulgar a cultura africana, é conseguir vendê-la na China, afirma. O empresário do sector imobiliário abriu uma dezena de lojas pelo país. Importa matéria-prima africana, para a produção de determinados acessórios. Os chineses têm uma opinião negativa sobre o continente, mas todos os que já passaram por Áfricaficaram deslumbrados- explica o fundador do festival.
Cheng Hui estudou arte, na universidade de Pequim, a mais reconhecida do país. Lamenta que não exista um departamento consagrado a África. admite mesmo: Não há nenhum professor que tenha realizado estudos sobre o assunto. No entanto, a arte africana sempre teve influência a nível mundial. Se dantes somente viajava pela Ásia e Europa, agora África passou a ser o destino predilectodas viagens do empresário. acredita que o continente contribuiu bastante para o desenvolvimento da humanidade. admira a conservação das tradições, a comunicação através da música, a pintura, a relação homem-natureza, apesar das dificuldades que o continente atravessa. É preciso proteger África como um tesouro () para não perdermos as nossas raízes.