a população é obrigada a deslocar-se várias vezes, em pouco tempo, para fugir dos conflitos. Contudo, é já notória a saturação de quem nunca pára
a população é obrigada a deslocar-se várias vezes, em pouco tempo, para fugir dos conflitos. Contudo, é já notória a saturação de quem nunca páraO alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR) exorta o estado colombiano a maiores cuidados nos deslocamentos das populações das zonas de risco. aregião envolvente do rio Tapajós, a sul do país, é uma das mais afectadas pelos conflitos constantes entre o exército e grupos rebeldes. abriga várias comunidades afro-colombianas que vivem numa constante instabilidade devido à violência. Desde o início de 2009, deslocaram-se quatro vezes, para fugir aos conflitos.
a população, estabelecida no município de El Charco, há alguns anos, começa a mostrar sinais de tensão e extrema saturação. O governo ajuda os refugiados fornecendo-lhe alimentos. Porém, a população continua a viver com grandes dificuldades. Muitos dormem em tábuas de madeira, em abrigos provisórios. Por vezes, permanecem apenasuns dias numa localidade. Tudo depende da intensidade dos conflitos e do próprio deslocamento das forças beligerantes.
É muito difícil para os refugiados, senão mesmo impossível, conseguirem assegurar o seu sustento. Todo o tempo temos procurado ajudar para que as coisas se façam, para que estejamos melhor, mas isto é demais. a minha vida estáem pedaços. Eu plantava bananas, frutas da zona, mas já não semeio nada. Para quê semear se não vou poder colher?, pergunta um afro-colombiano de 25 anos.
O aCNUR defende o investimento na prevenção dos deslocamentos. Nas últimas semanas, procedeu à entrega de documentos de identificação aos deslocados, para que possam aceder a programas de ajuda do governo. No entanto, sabem que muito mais deverá ser feito. Precisamos de estratégias mais amplas de prevenção e protecção, estratégias que ajudem as comunidades a sentirem-se acompanhadas. Nós vamos continuar a trabalhar, apesar das dificuldades, para consegui-lo, assegurou, Roberto Mignone, representante da organização para a Colômbia.