Três jornalistas, defensores dos direitos humanos, foram mortos recentemente na Rússia. as autoridades são pressionadas a investigar o sucedido e investir numa maior segurança
Três jornalistas, defensores dos direitos humanos, foram mortos recentemente na Rússia. as autoridades são pressionadas a investigar o sucedido e investir numa maior segurançaUma organização de direitos humanos norte-americana demonstrou preocupação com a segurança dos membros de outraentidade similar russa. a Human Rights Watch (HRW) apela as autoridades a tomar medidas para proteger os militantes daorganizaçãoMemorial e ordenar uma investigação sobre casos suspeitos.
Indivíduos desconhecidos apresentaram-se nas residências de Oleg Orlov, presidente da organização, e alexander Cherkasov, investigador, sob falsas identidades. Os supostos técnicos fiscais inquiriram familiares e vizinhos sobre a vida dos dois homens. as visitas suspeitas ocorreram uma semana antes da abertura do processo que envolve o presidente checheno, Ramzan Kadyrov, e o presidente da Memorial, Oleg Orlov. Em causa, estão as declarações feitas por Orlov, após o assassinato da activista dos direitos humanos, Natália Estemirova.
Estamos profundamente preocupados com a segurança dos empregados da Memorial, declarou Holly Cartner, directora da organização para a Ásia e Europa. Perante os homicídios de três defensores dos direitos humanos e o agravamento das ameaças, a responsável reitera a necessidade de um inquérito sobre os recentes acontecimentos. a HRW exorta os parceiros internacionais da Rússia a pressionar as autoridades a fim de promover um maior respeito pelos direitos humanos e clima mais favorável ao exercício do jornalismo.
Nas últimas semanas, outros membros da Memorial foram alvos de ameaças e perseguições. Recorda-se que, a 10 de agosto, dois activistas da organização humanitária Save the Generation, a favor de vítimas chechenas, foram raptados e assassinados. a jornalista Natália Estemirova era conhecida pelos seus relatos sobre sequestros, execuções, torturas, e outros crimes cometidos contra a população da Chechénia. Foi raptada e assassinada por um grupo de homens armados, a 15 de Junho.