Os imigrantes são os mais afectados pela crise, devido à diminuição da mão de obra e políticas mais restritivas. a OCDE pede mais atenção à «fuga de cérebros»
Os imigrantes são os mais afectados pela crise, devido à diminuição da mão de obra e políticas mais restritivas. a OCDE pede mais atenção à «fuga de cérebros» a organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico verifica uma queda acentuada no número de imigrantes aceites nos países ricos. a maior desde a década de 80. De acordo com a rede britânica, British Broadcasting Corporation (BBC), a organização atribui o facto ao actual contexto de crise económica. Se por um lado há uma reduçãode pedidos de mão-de-obra; por outro, foram adoptadas políticas mais restritivas para a imigração.
a Espanha foi um dos países onde isso mais se verificou, chegando mesmo a oferecer incentivos financeiros para que imigrantes regressassem aos seus países de origem. Nos últimos anos, o país reduziu drasticamente a contratação do número de trabalhadores que não pertencem à União Europeia. De 27 mil, em 2007, passaram a 900, este ano. O desemprego entre os imigrantes chegou a atingir os 27,1 por cento, no primeiro trimestre de 2009.
a OCDE pediu aos países ricos políticas migratórias e de integração que respondam de maneira justa e eficaz, que funcionem e se adaptem tanto ao períodos económicos positivos como negativos. Lembra que se trata de uma decisão a longo prazo que pode ter influências no envelhecimento populacional. Na definição das políticas a adoptar, é necessário evitar a fuga de cérebros , parao bem dos países de origem e destinatários – declarou a secretária-geral, angel Gurria, segundo a mesma fonte. O fenómeno regista-se com maior incidência na américa Latina e Caribe. Em 2007, registavam-se perto de 5 milhões de pessoas qualificadas a viver nos países da OCDE.
Um estudoda BBC, indica que apesar da crise, os imigrantes preferem permanecer no país que os acolheu. Verifica-se também uma diminuição nos depósitos efectuados pelos mesmos nos seus países de origem. O Brasil tem sido uma excepção. Um grande número de emigrantes nos Estados Unidos da américa e Japão regressaram ao país.