Grupo de 91 países adopta um tratado apoiado pelas Nações Unidas. Tem como objectivo proibir o acesso aos portos dos navios que recorram a práticas ilegais
Grupo de 91 países adopta um tratado apoiado pelas Nações Unidas. Tem como objectivo proibir o acesso aos portos dos navios que recorram a práticas ilegaisapoiado pela Organização das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura (FaO), o tratado pretende reduzir actividades como pescar sem licença, usar aparelhagem ilegal, desrespeitar os defesos da pesca e fazer capturas ilegais ou de espécies demasiado pequenas. Estas práticas ameaçam as espécies em vias de extinção e prejudicam a indústria pesqueira legítima.
O tratado propõe medidas como um sistema de autorização prévia para os navios de pesca estrangeiros, antes de acostarem nalguns portos, inspecções regulares por agentes formados pelos Estados signatários, assim como a criação de bases de dados que permitam aos países partilhar informações sobre os navios que se dedicam à pesca ilegal.
as nações podem decidir aplicar novas regras para as suas próprias frotas pesqueiras. O tratado permite travar a entrada nos mercados internacionais de peixe capturado ilegalmente, dissuadindo assim os pescadores menos escrupulosos. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, a pesca ilegal representava cerca de 14 por cento da pesca anual mundial.
O tratado vai ser apreciado pelo Conselho da FaO até final de Setembro e pela Conferência da Organização em Novembro para exame final e aprovação oficial. Para entrar em vigor, o tratado deverá ser aprovado, pelo menos, por 25 países. a entrada em vigor acontecerá 30 dias mais tarde. Entre os Estados que participaram nas negociações figuram o Brasil, União Europeia, Estados Unidos, Rússia, França e Japão.
a organização Greenpeace tem contestado a pesca ilegal em vários mares, designadamente na costa oeste de África. O objectivo visa salvar os oceanos do planeta. Mais de 90 por cento dos grandes peixes do mundo desapareceram e as frotas maiores e mais sofisticadas do mundo estão agora a lutar por cada vez mais pequenos stocks de peixe.