Um excepção perante a impunidade existente na maioria dos casos. O responsável pela morte de um jornalista voltou para a prisão, da qual se tinha escapado em Dezembro
Um excepção perante a impunidade existente na maioria dos casos. O responsável pela morte de um jornalista voltou para a prisão, da qual se tinha escapado em DezembroOs Repórteres Sem Fronteira (RSF)congratulam-se perante a detenção do assassino de um jornalista, em Moçambique. O autor do crime, conhecido por anibalzinho, cumpria uma pena de 30 anos numa prisão da capital, Maputo, da qual se tinha evadido em Dezembro de 2008. O director do jornal Metical, Carlos Cardoso, foi morto a tiro, em Novembro de 2000. Na época investigava um dos maiores escândalos financeiros do país: o desvio de 14 milhões de euros do Banco Comercial de Moçambique. Nos seus artigos apontava para três importantes empresários: os irmãos Satar e Vicente Ramaya.
agrada-nos saber que a polícia moçambicana conseguiu, finalmente, prender o assassino,com acolaboraçãoda Organização Internacional de Polícia Criminal. É imprescindível que anibalzinho cumpra a sua pena para que seja feita justiça, declarou a organização. Os RSF pediram às autoridades para reforçar a vigilância, pornãose tratar da primeira evasão do prisioneiro.
No continente africano, têm sido registados vários casos de jornalistas sequestrados, maltratados, e mortos. Porém, poucos são alvos de verdadeiras investigações. Em muitas situações, os autores permanecem impunes, o que osincentivaa cometerem mais crimes. a Somália continua a ser um dos países mais perigosos para osprofissionaisde comunicação. amanda Lindhout e Nigel Brennan, dois jornalistas independentes, continuam prisioneiros de um grupo de homens armados,desde 23 de agosto de 2008. Em Junho, amanda apelou o governo canadiano a lutar pela sua libertação. Duranteum telefonemapara a redacção de um canal de televisão, a jornalista descrevia, em choro, duras condições de detenção.