apesar de uma promessa em contrário, a sociedade civil acredita que o actual presidente se candidate às eleições presidenciais. Protestos têm sido reprimidos com violência
apesar de uma promessa em contrário, a sociedade civil acredita que o actual presidente se candidate às eleições presidenciais. Protestos têm sido reprimidos com violência a Human Rights Watch (HRW)apelou a junta quedirige a Guiné a respeitar os direitos dos manifestantes e cessar com a repressão exercida sobre os críticos do governo. Políticos da oposição e um defensor dos direitos humanos têm recebido várias ameaças, nos últimos dias. ambos contestam a presumível candidatura do actual chefe de estado nas próximas eleições,de 31 de Janeiro de 2010. O governo proibiu, durante vários dias, o envio de mensagens por telemóvel.
Os autores do golpe de estado reafirmam, constantemente, que estão a romper com o passado, mas as ameaças sobre os adversários políticos mantêm-se de forma inquietante, lamenta Corinne Dufka, investigadora da aI, na região oeste de África. O capitão Moussa Dadis Camara [actual governante] deve assegurar que todos os candidatos ao escrutínio presidencial estejam em pé de igualdade – defendeu a mesma.
as forças de segurançatêm respondido de forma bastante violenta, aos protestos da população ou outras iniciativas contra o governo. Recorda-se que, nos primeiros meses de 2007, uma simples greve nacional resultou em 130 mortes entre os manifestantes. O episódio sangrento não foi investigado seriamente nem foram atribuídas responsabilidades. Nesse sentido, a HRW exorta as autoridades guineenses a agirem de acordo com os princípios das Nações Unidas, durante as operações de controlo. Os agentes só podem recorrer à violência, em última instância. Nesse caso, devem fazê-lo com moderação, consoante o tipo de delito.
a junta militar tomou posse, em Dezembro 2008, através de um golpe de estado, horas a seguir à morte de Lansana Conté, que dirigiu o país durante 24 anos. Nestes meses de governação, registaram-se várias detenções arbitrárias, restrições à liberdade de expressão e actividade política, e recurso à violência. Inicialmente, Dadis Camara tinha prometido realizar eleições em 2009, nas quais ele não participaria. a 17 de agosto, anunciou o adiamento da data do escrutínio para o 31 de Janeiro de 2010 e adiantou que qualquer membro do Conselho Nacional da Democracia e Desenvolvimento [o seu partido] poderia candidatar-se às eleições.