Depois de décadas de conflitos no continente africano a Igreja tem uma missão importante. Próximo Sínodo para África promove a reconciliação para curar feridas
Depois de décadas de conflitos no continente africano a Igreja tem uma missão importante. Próximo Sínodo para África promove a reconciliação para curar feridas a Igreja desenvolve uma tarefa vital. É a voz de quem não tem voz, escreve o Osservatore Romano, jornal do Vaticano. Fala em nome dos oprimidos e dos marginalizados da sociedade. Conduz as pessoas feridas à reconciliação. O próximo sínodo para a África, de 4 a 25 de Outubro, abordoará o modo como a Igreja o faz.
Em entrevista ao jornal do Vaticano, o bispo nigeriano Chidi Denis Isizoh enumera alguns dos desafios que pesam sobre o continente africano. Nós todos rezamos para o sucesso do segundo sínodo dos bispos para a África, que terá como tema a Igreja em África ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz. Segundo o prelado, o tema mostra quanto a Igreja africana évital na sua responsabilidade para com o continente africano.
Os últimos 50 anos foram dominados por questões de independência e de construção de realidades nacionais, explica o prelado nigeriano. Na luta pela auto-determinação e pelo auto-governo, muitos países africanos viveram guerras, conflitos e controvérsias. Daí a pergunta: Que será da África? É disso que tratará o sínodo.
O bispo sublinha a importância da ordem dos elementos que formam o tema. Em primeiro lugar vem a reconciliação e depois a justiça e, por fim, a paz. No mundo de hoje, muitas vezes, após os conflitos a primeira coisa que se pensa fazer é criar tribunais para processar os chamados crimes de guerra, para condenar, pôr na cadeia e matar. Não é este o caminho da paz. Existe um outro modo para curar a sociedade depois das guerras e dos conflitos: a reconciliação, que é também um valor evangélico.