anunciada para a próxima segunda-feira, 31 de agosto, a visita do líder espiritual tibetano mereceu a condenação firme da China, que evitou criticar o governo local
anunciada para a próxima segunda-feira, 31 de agosto, a visita do líder espiritual tibetano mereceu a condenação firme da China, que evitou criticar o governo localO governo chinês quis poupar o presidente Ma Ying-jeou, comentou um diplomata ocidental em Pequim. Se tivesse reagido de outra maneira, enfraqueceria Ma face ao DPP (Partido Democrático Progressista, na oposição). Um comunicado difundido a 27 de agosto, ao fim do dia, reafirma que para o governo chinês Dalai Lama não é uma mera personalidade religiosa e está, há muito, envolvido em actividades separatistas organizadas sob a capa da religião.
Qualquer que seja a forma ou identidade que o Dalai Lama use para entrar em Taiwan, nós opomo-nos resolutamente a isso, lê-se no comunicado, difundido pelos principais jornais chineses. a visita do Dalai Lama, para rezar pelas vítimas do tufão Morakot, realiza-se a convite do DPP, partido favorável à independência de Taiwan e que segundo o governo chinês, congeminou a viagem do exilado líder tibetano para prejudicar as relações entre Taipé e Pequim.
O tufão Morakot fustigou Taiwan há três semanas e matou mais de 500 pessoas. Foi o mais devastador do género registado no último meio século na ilha. Ma Ying-jeou assumiu a presidência de Taiwan em Maio de 2008, terminando oito anos consecutivos de governos liderados pelo DPP. as difíceis relações com Pequim registaram a seguir um acelerado desanuviamento.
Taiwan – a ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois da tomada do poder pelo Partido Comunista, em 1949 – é vista por Pequim como uma província da China e não uma entidade politica soberana. O governo chinês defende a reunificação pacífica, segundo a mesma fórmula adoptada para Hong Kong e Macau (um país, dois sistemas), mas ameaça usar a força se a ilha declarar a independência.