Contratos de trabalho, folgas e rendimentos mais elevados são as melhorias conseguidas. Para trás, ficam memórias de violência e maus-tratos
Contratos de trabalho, folgas e rendimentos mais elevados são as melhorias conseguidas. Para trás, ficam memórias de violência e maus-tratosNo Togo, as empregadas domésticas começam a ganhar algum respeito da sociedade, nomeadamente dos patrões. actualmente, assinam contratos que determinam obrigações e defendem os seus direitos, adianta a agência Infosud. Finalmente recebem o que se pode chamar de salário. Hoje, recebem 20 euros por mês pelo seu trabalho. Há 9 anos atrás recebiam 8 euros. Têm direito a descansar 10emcada 24 horase a duas folgas semanais. São ainda acompanhadas pela empresa que as coloca, através de visitas regulares ao local de trabalho.
Se algum dia o meu patrão se atrever a levantar a mão sobre mim, vamos ver!, adverte abra Djomédo, empregada doméstica. a jovem de 24 anos ainda não esqueceu os maus-tratos que teve de suportar do seu primeiro empregador, em 2003. Batia-me por tudo e por nada. Graças a Deus, o meu novo patrão trata-me bem, conta a togolesa. O contrato obriga os empregadores a respeitarem as suas funcionárias, proibindo qualquer violência. Caso contrário, arriscam uma sanção. Em Maio, uma mulher teve de pagar mais de 165 euros de indemnização, quantia considerável no Togo, à sua funcionária.
Há uns anos atrás, casos de violência e abusos sexuais eram frequentes, mo meio. Serviam-se demuitos menores que não tinham capacidade para denunciarem os maus-tratos a que eram sujeitos. Hoje já não acontece, assegura o director de Welcome, empresa decontratação. Em 2007, o ministro do trabalho considerou o serviço doméstico perigoso para as crianças e jovens, tendo proibido a sua contratação. No Togo, 60 mil famílias recorrem aos serviços de domésticas.