O programa, desenvolvido pela FaO, focou-se particularmente na entrega de sementes de qualidade. Mais de metade da população subsiste da agricultura, principal sector no país
O programa, desenvolvido pela FaO, focou-se particularmente na entrega de sementes de qualidade. Mais de metade da população subsiste da agricultura, principal sector no paísUma campanha do governo do Haiti, orientadapelo Fundo das Nações Unidas para a agriculturae alimentação (FaO) pretende auxiliar os agricultores, entregando-lhe sementesde qualidade. Os efeitos já se fizeram notar com oaumento da produção e diminuição do preço dos alimentos. Na primavera,verificou-se um crescimento de 25 por cento. a situação da segurança alimentar também melhorou. Os 2,4 milhões de pessoas em risco, em abril de 2008, diminuíram para 1,9 milhão, em Junho último. Trata-se de um apoio importante à população,numpaís frequentemente atingido por furacões que destroem colheitas e stocks de sementes.
Cerca de 250 mil agricultores já beneficiaram de ajudas. Sementes de feijão preto, mais resistentes, entregues a camponeses antes do inverno, resultaram numa colheita avaliada em 5 milhões de dólares. Estamos muito satisfeitos com os resultados do programa que, aliado a condições meteorológicas favoráveis, tornou-se um importante factorno aumento dos alimentos disponíveis para as populações pobres do Haiti, afirma o representante da FaO, no país.
O programa é financiado pelo Fundo Internacionalde Desenvolvimento agrícola (FIDa). além do feijão, o programa pretende ainda ampliar a produção de milho, batata-doce, bananas, arroz, e outros cereais. Os agricultores receberam, ainda, instrumentos agrícolas e formação sobre técnicas de cultivo. a campanha foi iniciada no último inverno e decorreria até ao final do verão. O governo considera necessário estendê-la até à próxima estação fria, de forma areforçar a assistência aos agricultores.
O Haiti é um dos países mais afectados pela subida do preço dos alimentos, resultante das fracas colheitas. Um dos graves problemas é a falta de sementes de qualidade. Em agosto e Setembro de 2008, foi devastado por quatro furacões seguidos que destruíram as reservas dos produtores ou obrigaram-nos a consumí-las. O Haiti vive da agricultura, uma vez que o sector emprega grande parte da população. Mais de metade da população, entre 5 e 6 milhões de pessoas, vivem nas zonas rurais. Cerca de 85 por cento trabalha no ramo que representa 26 por cento da produção económica do país.