60 mil dos 120 mil portugueses que saíram do país para trabalhar na construção civil, estão em condição irregular. Têm contratos ilegais e muitos nem recebem subsí­dios de alimentação
60 mil dos 120 mil portugueses que saíram do país para trabalhar na construção civil, estão em condição irregular. Têm contratos ilegais e muitos nem recebem subsí­dios de alimentaçãoactualmente, há 50 mil trabalhadores portugueses na construção civil em Espanha, 20 mil em França e outros 20 mil na Bélgica. 40 dos 90 mil portugueses que trabalhavam em Espanha, entre 2004 e 2008, partiram para outros destinos, devido à crise .
Os sindicatos e a autoridade para as Condições de Trabalho estão preocupados com as graves situações de precariedade laboral dos emigrantes que estão a trabalhar na construção civil. Estão com contratos ilegais ou não têm contratos e não recebem subsídios de Natal, nem de férias nem de alimentação. Vão através de empresas ou de angariadores de mão-de-obra individuais e quando chegam ao destino não lhes é pago o prometido, explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Norte, albano Ribeiro.
O inspector-geral do Trabalho admite que o número de portugueses no sector da construção, quer na França quer na Bélgica tem vindo a crescer. Paulo Morgado de Carvalho adianta que há casos de situações irregulares.
Para combater estas irregularidades, a autoridade para as Condições do Trabalho troca diariamente informações com entidades congéneres daqueles países. além dos acordos de colaboração com Espanha, deverá iniciar-se uma parceria com França. O que preocupa o inspector-geral é evitar mais casos, uma vez que o número de emigrantes no sector está a crescer.