é o alerta das Nações Unidas: no mundo morrem diariamente 4500 crianças com menos de cinco anos devido à qualidade da água, saneamento e higiene
é o alerta das Nações Unidas: no mundo morrem diariamente 4500 crianças com menos de cinco anos devido à qualidade da água, saneamento e higieneMil milhões de pessoas continuam sem acesso a água limpa devido ao crescente aumento da procura e baixa disponibilidade, revela um comunicado divulgado por ocasião da Semana Mundial da Água, a decorrer desde segunda-feira, 17 de agosto. a UNICEF – organismo das Nações Unidas para a Infância – considera encorajador que 87 por cento da população global, ou seja, aproximadamente 5,7 mil milhões de pessoas em todo o mundo já tenham acesso a esse bem essencial. Mas salienta que ainda há muito a fazer, em particular numa altura em que a pressão sobre a água continua a aumentar.
a instabilidade económica global bem como o aumento do número de emergências têm deixado milhões de pessoas, em particular mulheres e crianças, sem serviços básicos, incluindo o acesso a água, saneamento e higiene adequados – e as alterações climáticas estão a agravar ainda mais esta situação , lê-se no comunicado. a implementação de medidas simples pode fazer a diferença. Medidas simples, de baixo custo e eficazes, tais como a lavagem das mãos com água e sabão, ajudam a reduzir a incidência da morbilidade por diarreia até aos 47 por cento . Esta revela-se a maior responsável pela morte de crianças menores de cinco anos.
O abastecimento de água, o saneamento e a higiene têm um impacto profundo na frequência escolar das crianças. O acesso fácil à água liberta as raparigas da tarefa, laboriosa e demorada, de ir buscar água, permitindo-lhes ocupar o lugar que lhes pertence na sala de aulas. a UNICEF insta os governos a integrarem a água nas suas agendas para o desenvolvimento, reconhecendo que uma política de bem comum supõe que sejam tidas em conta as diferenças entre população rural e urbana, e entre ricos e pobres.
Centenas de representantes de governos, sociedade civil e especialistas estão reunidos até sábado em Estocolmo, Suécia, para partilhar soluções inovadoras em questões ligadas à falta de água e debater o seu impacto sobre a pobreza, a saúde, a educação, a igualdade de genêro e ambiente. O evento, refere a agência Lusa, é patrocinado pela UNICEF sob o tema Responder aos desafios globais: o acesso à água para o bem comum, e enquadra-se na Década Internacional de acção Água para a Vida (2005-2015), promovida pelas Nações Unidas.