a decisão não é fácil. ínumeros jovens de coragem deixam locais onde criaram raízes, para viverem num país que mal conhecem: Marrocos, terra dos seus antepassados
a decisão não é fácil. ínumeros jovens de coragem deixam locais onde criaram raízes, para viverem num país que mal conhecem: Marrocos, terra dos seus antepassadosEm tempo de crise, filhos de emigrantes marroquinos, na Europa, regressam à ‘terra’. Pouco sabem sobre o país dos seus pais e avós, mas não têm medo de arriscar. Muitos esperavam maiores oportunidades na nação que os viu nascer e crescer. Desapontados, resolvem partir. Contudo, conquistaram cargos importantes, na sociedade marroquina.
Sinto-me mais marroquino do que belga. Cresci na Bélgica mas a escolha não foi minha. ao regressar a Marrocos, pareceu-me que estava a decidir a minha vida, recorda abdrahman Elkafil, citado pela agência Infosud Belgique. Regressou ao país há dois anos e é o actual director da Nextma, sociedade informática em Casablanca, uma das maiores cidades de Marrocos. Nawal El Kahlaoui, de 35 anos, sócia numa empresa de marketing na mesma cidade, regressou há oito anos. Recorda que não foi fácil deixar o país [França] onde viveu tantos anos. Porém, a falta de trabalho que julgava merecer, levaram-na a regressar. Em Marrocos, tive a minha oportunidade, afirma.
Não se sabe ao certo dequantos jovens se trata, mas empresas de recrutamento garantem que não passa uma semana sem receberem currículos. Os candidatos têm entre 27 e 35 anos e têm formação superior. Regra geral, estão saturados e querem viver novas experiencias ou estão prestes a concluir um contrato – explica o director de uma das empresas. Jamal Belahrach também cresceu fora de Marrocos. Lembra que o regresso, com apenas 12 anos de idade, não foi fácil. O fosso cultural é muito grande. ao princípio, tendemos a comparar tudo, deixando parecer que queremos ensinar os outros. Temos que reaprender a comunicar, explica, citado pela Infosud. a língua que os recém-chegados não dominam é outra das dificuldades.