Uma equipa de investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência descobriu um fármaco que protege contra formas graves da malária
Uma equipa de investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência descobriu um fármaco que protege contra formas graves da malária a descoberta, descrita num estudo publicado pela revista norte-americana ‘Proceedings of the National academy of Sciences (PNaS)’, terá implicações directas no tratamento desta doença. O medicamento tem efeitos idênticos aos de uma enzima natural e protege sem favorecer o aparecimento de estirpes resistentes do parasita, salienta o investigador responsável pelo projecto.
Miguel Soares e a sua equipa do Laboratório de Inflamação do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) mostram que ratinhos infectados com o parasita produzem níveis elevados da enzima heme-oxigenase-1 (HO-1), que degrada os grupos heme livres e, deste modo, protege ratinhos infectados das formas mais graves de malária.
Esta observação abre caminho a terapias alternativas contra a malária, que, ao contrário dos tratamentos existentes, não interfiram directamente com o parasita, mas antes, reforcem o estado de saúde do hospedeiro, assegurando que seja capaz de eliminar o parasita sem pôr em risco a sua própria sobrevivência, explica o cientista em comunicado, citado pela Lusa.